Desde que isso aconteceu tenho absoluta certeza que nada é por acaso.
Dia 31/10 mais ou menos as 12:40h tinha saído da UNICAP e estava num dos blocos separados do bloco central da Católica, esperando o transporte da minha amiga, e na Rua do Príncipe estava um caus, um engarrafamento filho da mãe e como não pego o meu ônibus lá, mas na Av. Conde da Boa Vista me tranquilizei né, mas ai lembrei que o meu pai tinha me dito que tava tendo uma passeata lá, mas mesmo assim fui né.
O transporte da minha amiga tinha chegado e como de costume fui até a Av. Conde da Boa Vista pra pegar meu ônibus. Antes de atravessar para chegar na parada vi um montão de gente indo sentido Derby e no sentido metrô, achei muito estranho, mas tudo bem. Atravessei normal e a parada tava meio que vazia, estranhei, vi as pessoas comentando que tava demorando muito, perguntei quanto tempo elas estavam e elas respondeu que estavam lá por meia hora. Eu parei e pensei: vou passar por muito tempo aqui, e vou me estressar muito, porque descobrir que ao invés de UMA passeata tava tendo DUAS. Já pensei no caminho que eu tinha que fazer DE NOVO por conta de uma passeata.
Nunca pensei que naquele momento deu sair da parada e ir pro sinal pra atravessar, iria mudar meus conceitos, minhas visões de vida, meus sonhos, sei lá, nunca achei que iria mudar muita coisa.
Chegando no sinal, uma pessoa me pediu pra atravessar a tua, mas não só era pra atravessar a rua e sim ir até a parada dela, como vocês devem ter visto eu disse uma pessoa, vocês podem estar pensando como é que uma pessoa normal/qualquer me pede pra atravessar a rua? Na verdade, na verdade, não é uma pessoa normal e qualquer, mas uma pessoa com deficiência. Voltando, ela me pediu gentilmente e como uma pessoa boa a levei até a parada e ao longo do caminho conversamos, nos apresentamos e por minutos tive uma afinidade com ela.
Ela me ensinou em tão pouco tempo que a vida tem que ser vivida a cada segundo, pois não sabemos o dia de amanhã, que recebemos um NÃO e esse não dito deve ser respondido com um obrigado e não devemos abaixar a cabeça por seu ninguém (tirando nossos pais), falando em nossos pais devemos valorizá-los, que devemos seguir nossos sonhos e nunca desistir, mas o que mais me chamou atenção foi o fato dela ter me ensinado a fazer o bem ao outro sem olhar a quem (disso na teoria eu já sabia, mas nunca tinha sentido na pratica) Mesmo eu ter ficado com o braço doendo, mas foi uma dor boa sabe? uma dor que me renovou todos os dias.
Coloquei-a no ônibus e esperei o meu, entrei e recebi uma mensagem da minha mãe dizendo que o meu "tio" tinha falecido. Minha felicidade por ter feito uma boa ação não foi embora, mas fiquei meio triste porque ele tinha falecido.
Cheguei na estação, peguei o trem e peguei outro ônibus e fiquei pensando muito nisso. Mas fiquei com pensamentos positivos. Cheguei em casa e fiquei com o pensamento dos dois na cabeça.
Realmente agora eu entendo que as coisas não são feitas por acaso. E hoje eu agradeço por isso ter acontecido.
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